As políticas agressivas de Donald Trump reforçam a “lei do mais forte” no cenário internacional, desafiando alianças históricas e mudando o equilíbrio da economia e da diplomacia mundial. Entenda os impactos.
Introdução
O mundo vive um momento de instabilidade sem precedentes. Com a volta de Donald Trump ao centro da política internacional, discursos e medidas que privilegiam o nacionalismo e o confronto direto estão colocando em xeque a ordem global construída ao longo de décadas.
A chamada “lei do mais forte” ganha força: países mais poderosos usam sua influência militar, econômica e diplomática para impor decisões, mesmo que isso signifique desorganizar tratados, alianças e instituições globais. Mas o que isso significa para o Brasil, para a América Latina e para o futuro da economia mundial?
O Fim da Cooperação e o Avanço do Nacionalismo
Ruptura com tratados e alianças
Trump tem histórico de desconfiança em relação a organizações multilaterais como a ONU, OTAN e OMC. Sua política externa, baseada no pragmatismo agressivo, questiona acordos de cooperação e favorece negociações bilaterais em que os EUA possam impor mais vantagens.
Impactos econômicos
- Tarifas de importação aumentam tensões comerciais
- Cadeias globais de suprimentos ficam instáveis
- Países emergentes, como o Brasil, ficam mais vulneráveis às decisões unilaterais
A lógica da força
Em vez de regras coletivas, prevalece o interesse nacional imediato. Isso reforça o jogo de poder e enfraquece a diplomacia como ferramenta de mediação.
Consequências para a Economia Mundial
- Instabilidade nos mercados – a imprevisibilidade das medidas de Trump gera oscilação em bolsas e moedas.
- Corrida por proteção – países buscam fortalecer suas moedas e reservas para resistir a choques.
- Fragmentação comercial – blocos como União Europeia e Mercosul perdem espaço frente a acordos diretos dos EUA.
- Aumento da rivalidade com a China – a guerra comercial se intensifica, afetando diretamente exportadores de commodities, como o Brasil.
O Papel do Brasil nesse Cenário
Dependência e vulnerabilidade
O Brasil, grande exportador de alimentos e minérios, fica no meio da disputa entre EUA e China. Uma tarifa ou sanção unilateral pode significar bilhões em perdas.
Oportunidades de reposicionamento
Apesar dos riscos, a reconfiguração global pode abrir espaços:
- Fortalecimento da relação com a Ásia
- Maior protagonismo no Mercosul
- Exploração de novos mercados com menos dependência de Washington
O Que Está em Jogo
A desorganização da ordem global não é apenas econômica. Ela envolve segurança, meio ambiente, tecnologia e até saúde pública. A pandemia já mostrou como a ausência de coordenação internacional pode custar caro.
Se a “lei do mais forte” prevalecer, o mundo pode caminhar para:
- Mais guerras comerciais
- Menos cooperação climática
- Aumento da desigualdade entre países ricos e pobres
Conclusão
A volta da “lei do mais forte” representa um retrocesso no ideal de cooperação internacional que marcou as últimas décadas. Com Trump à frente, a diplomacia é substituída por imposição, e a lógica coletiva dá lugar ao interesse imediato das potências.
Para o Brasil, esse cenário exige estratégia, cautela e, sobretudo, diversificação de parcerias econômicas. Em um mundo cada vez mais instável, sobreviverá quem souber se adaptar rapidamente.


